O segmento dos sedãs médios talvez seja o mais concorrido do mercado,
com bons modelos de todos os fabricantes presentes no país. Com o
aumento da qualidade de certos competidores, as expectativas também
aumentam, e os consumidores começam a não se satisfazer apenas com a
força de presença destes carros.Eles esperam um equilíbrio entre a luxuosidade de carros maiores, e o
consumo moderado de carros menores – muitas vezes seu carro anterior.
Além disso, uma direção prazerosa não é mais um diferencial, e sim algo
que se espera de um carro desta faixa de preço. Em resumo: o consumidor
quer receber mais, sem ter que pagar mais.
O Sentra 2013 é a aposta da Nissan para conquistar uma fatia mais significativa do segmento. Para 2013 o Sentra foi completamente renovado, com um visual mais moderno e 68 quilos a menos. Ah, e não podemos nos esquecer da bela marca de 14,5 km/l em trajeto misto.
No papel ele é muito bom. Talvez a Nissan tenha até conseguido tornar o Sentra um dos melhores carros do segmento, mas a concorrência não facilitou a vida do novo modelo. O Focus é um carro excelente, bem como o Elantra, o Cerato e o Cruze. O Civic ficou estranho, mas ele é tão aclamado que continua muito bem. E o Corolla, bem, ele continua sendo o Corolla, no bom e no mau sentido.
O Sentra precisou melhorar nisso tudo e, infelizmente, precisa de um pouco mais. É um carro sólido, mas irritante – a não ser que você seja surdo.
O Sentra tem um visual bacana, melhor que muitos de seus concorrentes.
Uma linha de teto mais baixa dá ao carro um porte mais pronunciado,
imponente, e uma linha de perfil dinâmica corre por toda a extensão da
carroceria. A melhor parte foi a adoção de lanternas e faróis com LED
como padrão. Isso deu ao médio um toque mais rico. No fim, o Sentra
marcou os pontos certos. É novo e moderno e parece um pouco mais caro do
que realmente é.
A rodagem do Sentra é firme, o que eu gosto. Claro, você sente as
irregularidades mais abruptamente, mas você não é jogado de um lado para
o outro, nem acaba enjoado por um ajuste mais macio. Com exceção dos
bancos duros, ele é confortável e bem portado, mesmo em rodovias
onduladas.A rodagem firme proporciona um manejo mais fácil, sem surpresas. O nível
de aderência é bom e o carro parece leve. Claro, os 68 kg a menos
ajudam muito – algo que foi possível pela adoção de uma liga de aço mais
resistente, que exigiu menos material. O tanque de combustível também é
menor (e por isso mais leve), mas a autonomia não foi comprometida pois
o carro ficou mais econômico
Tudo isso resultou em uma máquina mais equilibrada e de comportamento sólido. Mas ela não convida a acelerar, o que é uma pena.Alguns dirão que um comprador nesse segmento certamente não liga para
uma direção mais “animada” se ele for prático e econômico. Sua mãe se
importaria? Ela deveria. Por exemplo, se você colocar qualquer pessoa
para opinar sobre como é dirigir certo carro, ela terá uma opinião mesmo
que não entenda sobre a dinâmica do carro. Sua mãe diria: “adoro meu
carrinho. Ele é gostoso de dirigir”. Ela não saberá dizer por que, mas
não tenha dúvida de que é por que o carro estimula o motorista.
Os preços ainda não foram divulgados, mas certamente estarão na faixa do
segmento, e você leva mais carro sem gastar mais beija-flores. O carro não é um sedã de baixo custo. É melhor que isso. Ele tem alguns
ingredientes chave que podem fazê-lo crescer no mercado, mas perde
muitos pontos com a transmissão. Alguns carros parecem feitos para a
CVT, mas outros simplesmente não funcionam.
Fonte: www.jalopnik.com.br
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